domingo, 25 de setembro de 2011

Coluna da Jackie: A Árvore da Vida

Onde uma imagem vale mais que mil palavras
Hoje venho falar desse polêmico filme, o novo de Terrence Malick. Para começar, você tem que saber que esse diretor é muito diferente, o que faz desse filme um longa extremamente incomum, fora dos padrões. Muitas pessoas estão saindo da sala do cinema antes da primeira hora de filme; as que terminam, ou odeiam ou amam.
Primeiramente atribuo isso à falta de paciência do público atualmente, as pessoas não toleram uma obra diferente, estão acostumadas à mesma fórmula e à uma conclusão, coisa que esse filme não tem. Se você o vê até o fim, você mesmo deve refletir (e muito!) para tirar uma própria conclusão. E aposto que se 100 pessoas apresentarem suas opiniões, teremos 100 opiniões diferentes.
O filme trata sobre a vida, vida que todos temos e que com certeza todos já questionamos sobre ela; temos diversas possibilidades e escolhemos uma. O universo já passou por tantas coisas, mas somos nós, seres humanos, que damos emoções à ele. À princípio eu imaginava que esse longa se tratava de religião, mas na verdade, Malick se coloca numa posição que seria a do mundo todo: não há uma escolha definida, cada um tem uma crença diferente, porém todos sabemos que há um criador, há um início de tudo, e isso é mostrado no filme, de forma meio confusa, porém, para quem curte Discovery e NatGeo, vale a pena a enxurrada de belas imagens, te faz pensar sobre onde vivemos, e muitas vezes, mal reparamos.
Acho que o filme é sobre isso: ele dá a ideia de você parar e observar o que você está vivendo agora, seja um momento ruim ou bom, porque mais tarde você sentirá saudades. Aliás, saudade é uma palavra que eu colocaria como recorrente nesse filme. O personagem Jack vê todo o seu passado, que foi de maus e bons momentos, e o aprecia, como um verdadeiro filme diante de seus olhos. Para mim a proposta foi essa: apreciar sua vida, cada fase, cada pessoa importante que participa/participou dela. Um dia, todos morreremos e voltaremos a ficar juntos, independente do que já aconteceu, como é mostrado nas cenas finais na praia, onde Jack reecontra sua família e até seu pai, com quem ele sempre se confrontou. Como a mãe dele bem coloca: ser feliz é amar.
Agora não me perguntem se Jack morre no fim ou não porque eu realmente fiquei na dúvida. Acho que o filme poderia ter sido melhor montado, afinal, foram, se não me engano, 6 horas de material filmado. Sean Penn afirmou em uma entrevista que este foi o melhor roteiro que ele já leu, porém ele teria dirigido/editado de uma forma diferente. Por isso o filme parece confuso ou sem sentido. Vale então discutir, pesquisar e comentar muito depois de ter visto.
Se recomendo, sinceramente não sei. Cabe à você aceitar o "desafio". Apenas lembre-se que você deve estar muito preparado antes de assistir: tenha paciência; o filme requer concentração; e não se esqueça de que não é um filme para entreter, e sim um filme para expor uma ideia, cabe à você concordar ou não. Na verdade, vale pensar sobre o assunto.
Para quem já viu, pense, comente, e reveja. Eu pretendo rever na versão de 6 horas que sairá em breve, mas acho que vou dividir em partes (rs).
É uma obra muito interessante, diferente que qualquer tipo de filme lançado nos últimos anos.
Volto next week para comentar, Rock in Rio. Imagem da semana:
Valeu galera! xD











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